Mitologia Greco-Romana: Tudo o que você precisa saber

De forma prática a mitologia greco-romana aconteceu depois que Roma dominou a Grécia a pôr consequência fundiu a própria religião com a dos gregos. Diversos tipos de lendas são explicados no sentido de demonstrar não apenas as tradições como também para explicar fatos que não tinham explicação científica, ou mesmo o significado da origem do mundo.

Não se pode ignorar o fato de que as histórias mitológicas também serviam no sentido de manter a origem dominante no poder e ao mesmo tempo coibir qualquer tipo de anseio popular contra o sistema vigente. Os cidadãos tinham maior crença nos deuses do que os políticos e membros da elite.

Interessante notar que a única mudança de fato que existe entre mitologia grega e romana consiste nas mudanças dos nomes de personagens para que a emulação não fosse explícita. Nesse sentido se convém pensar que entre as duas civilizações os gregos foram os primeiros a construir templos no sentido de homenagear os deuses, tradição que foi passada de forma prática à cultura romana.

Outro ponto a se considerar está no fato de usar animais ou até mesmo os humanos como sacrifício em homenagem ao panteão. Se por um lado os nomes estão escritos em grego, em outro as descrições se encontram em latim.

Há quem diga que também existe influência no que tange à cultura egípcia que antecedeu as tradições gregas e romanas. A estrutura e hierarquia se formavam de modo semelhante, conforme indicam os especialistas. Em terras egípcias o deus supremo tem o nome de Rá e simboliza o sol, na Grécia Zeus era o comandante ao ponto que na Roma Antiga o poder estava nas mãos de Júpiter.

Origem: Mitologia Greco-Romana

Na prática esse tipo de mitologia aconteceu por causa da união religiosa entre Roma e Grécia. Nesse sentido existem maiores tipos de semelhanças do que descrenças. As tradições funcionam de modo semelhante e por consequência surgiu a origem das entidades e mitos.

Não se pode ignorar o fato de que existiam historiadores e contadores de histórias que faziam o papel fundamental de escrever e contar contos que se relacionavam com a mitologia, como no caso de Homero, por exemplo, que até os dias de hoje representa o principal pensador da mitologia greco-romana.

De acordo com as parábolas contadas por Homero, os deuses tinham características semelhantes aos humanos, com a diferença de que existiam poderes quase infinitos, além da vida eterna. Os sentimentos eram de inveja, rancor, orgulho, entre outros inerentes à condição humana.

Atena e Poseidon: Fundação de Atenas

Atena e Poseidon
Atena e Poseidon – Foto: mitologiagrega.net.br

Exemplo interessante está no conto de fundação da cidade de Atenas no qual aconteceu eleição para decidir qual deus seria o fundador oficial da região: Atena (Minerva, na mitologia romana) ou Poseidon (Netuno em latim). Os eleitores foram às urnas e depois do pleito acirrado a figura feminina que representa a força ganhou do rei dos mares, resultando em um grande conflito entre os deuses.

Acontece que Poseidon não engoliu a derrota com braços cruzados e por consequência proibiu com que as mulheres votassem na cidade de Atenas em consequência da sua derrota por causa do ciúme que sentiu da deusa.

Homens contra Deuses

A grande parte das histórias que envolvem conflitos entre homens, heróis e deuses resulta na consagração do panteão contra as ações humanas no sentido de demonstrar que o homem não consegue sobreviver sem a presença das figuras divinas. Exemplo que é lembrado até os dias de hoje está no conto da Odisseia, de Homero. Odisseu que contava com a ajuda de Atena na luta contra os espartanos conseguiu vencer a guerra contra Troia.

Os muros de Tróia eram considerados intransponíveis e por consequência os gregos encontraram como solução realizar o plano de Cavalo de Tróia, no qual os soldados ficariam dentro da construção que de forma teórica era um presente aos troianos como declaração de final da guerra contra os gregos. Interessante notar que ao momento que a estrutura foi achada na praia existia um profeta troiano que apontava o ato como tática dos gregos para invadir a cidade.

Porém, Poseidon agiu e por consequência trouxe uma criatura gigante que engoliu o profeto, o que de forma prática foi interpretado como fato positivo entre os troianos que trouxeram o cavalo para dentro da cidade. De fato, o presente de grego logrou um êxito e na calada da noite, quando soldados troianos estavam dormindo bêbados por causa da noite de comemoração, os soldados gregos saíram do cavalo e realizaram o ataque para dominar a cidade.

Depois da conquista, Odisseu se vangloriou e começou a afirmar que não precisava da ajuda dos deuses para conquistar êxito nos objetivos, fato que provocou a ira de Poseidon. Por esse motivo o personagem não conseguia voltar para a Grécia ao levar em conta que o dono dos mares atrasa a viagem até os heróis assumirem que os humanos não conseguem sobreviver sem a presença divina. Após diversos problemas no caminho, quando Odisseu estava prestes a se afogar e sem nenhum tripulante na embarcação, não pensou duas vezes ao assumir o fato.

Outro exemplo que demonstra de forma prática a supremacia dos deuses aos seres humanos está no conto do Labirinto do Minotauro. O rei de Creta mantinha como prisão uma espécie de embaraço junto com um monstro que devorava os prisioneiros que não conseguiam escapar. Ulisses era um herói que estava apaixonado com reciprocidade pela princesa que na prática estava prometida ao deus Dionísio.

O rei achou o fato ultrajante e prendeu Ulisses no Labirinto do Minotauro. Após acontecer diversos tipos de conflitos existenciais, o herói conseguiu derrotar o monstro que tinha metade do corpo como homem e a outra parte na forma de um touro.

Quando conseguiu escapar da prisão e estava prestes a fugir com a princesa, o rio Dionísio interveio e por consequência lançou Ulisses para local distante em uma embarcação no sentido de afastar o herói de Creta e ter o caminho livre para possuir a princesa.

Essas histórias demonstravam que o homem não tinha maior poder do que os deuses que jamais poderiam ser desafiados por qualquer humano.

Artigo Escrito por Renato Duarte Plantier